O Gigantesco Ímã no Jornal Âncora do Sertão: http://ancoradosertao.com.br/filme-realizado-em-serra-talhada-tem-estreia-nacional-marcada-para-o-dia-10-de-marco/
Foto de Álvaro Severo.
“O Gigantesco Ímã”, filme dirigido por Petrônio e Tiago Scorza,
estrelado pelo cientista nato Evangelista Ignácio de Oliveira, tem ganhado
cada vez mais destaque dentro das produções do cinema nacional, levando Serra
Talhada e o seu ilustre filho para todo Brasil. O Âncora entrevistou,
com exclusividade, um dos diretores do documentário “O Gingantesco Ímã” e na
oportunidade, Petrônio, 41 anos, nos contou inúmeros detalhes sobre a
idealização, produção e distribuição do filme; confirmando, inclusive, quando o
filme será exibido na Capital do Xaxado. Confira.
Âncora do Sertão: Como surgiu a ideia de elaborar o
filme documentário sobre Evangelista, desde o curta “O som da Voz do Trovão”
até o longa “O Gigantesco Ímã”?
Petrônio: Eu estava morando no Reio de Janeiro e estava
querendo filmar algo novamente pelo sertão nordestino, como tinha feito em
“Alpercata de Rabicho”, daí me lembrei da existência de uma pessoa que via na
pré-adolescência. Um homem que andava com o cabelo desgrenhado, sempre
segurando uns ferros e com aparência de cientista maluco. Era Evangelista. Nessa
altura, eu já tinha feito documentários para TV e queria fazer para o cinema.
Isso era 2002, fim do ano, quando consegui fazer contato com Evangelista. Eu e
um amigo, Tiago Scorza, estávamos para ir filmar na Paraíba em janeiro de 2003,
quando vi a possibilidade e a maior facilidade de filmar com Evangelista,
então, investi na empreitada e mudamos o rumo da viagem. Passamos cinco dias
com Evangelista, que foi a primeira fase de registro para “O som da luz
do trovão”, que ficou pronto em 2005. Curta que mostrou as obras de
evangelista em 20 minutos.
Como tínhamos feito o curta e tinha sobrado várias ideias e
material que não pudemos editar, surgiu a ideia de fazer um longa para mostrar
o processo de trabalho de Evangelista, suas descobertas, tentativas, acertos e
erros. Um filme mais vivo, que traz o cientista dentro de sua intimidade,
mostrando também características de seu passado que identificam sua
personalidade e seus amigos, também inventores de Petrolina e Serra Talhada,
que o ajudam, estimulam e até o provocam a realização de suas obras. Surgiu
assim: “O Gigantesco ímã”.
Âncora do Sertão: Quais as principais preocupações
estéticas e sociais que pautaram a elaboração do longa “O Gigantesco Ímã”? Como
ocorreu o seu processo de construção?
Petrônio: Uma importante motivação social é que o
trabalho de Evangelista está inteiramente ligado as questões de patente no
Brasil. Em nosso país é bastante difícil patentear algo, bem como, simplificar
a estruturas de máquinas e recriar determinadas máquinas para que possam custar
menos. Essa é a ideia de Evangelista. A burocracia aqui é muito grande e isso
favorece as grandes empresas de capital externo que mantém seus produtos no
Brasil.
Quanto a motivação estética, eu sempre gostei de uma arte
transgressora. Algo que não repita modelos, algo que fosse único. E como não
tínhamos o interesse de fazer uma ficção sobre o assunto, fizemos um
documentário experimental, assim como é experimental todo o pensamento
científico de Evangelista
Âncora do Sertão: Como você avalia a recepção do
documentário pelo público e pela crítica?
Petrônio: Não é um filme sobre pessoas famosas; possui
uma pesquisa de linguagem, assim como, são as invenções de Evangelista. Mesmo
pertencendo a um estilo ligado ao cinema de arte, que não é tão popular para as
massas no Brasil, nós conseguimos a atenção de importantes críticos de jornais
do país e temos mobilizado um público alvo bastante ligado a educação e demais
pessoas que trabalham com arte e cultura.
Âncora do Sertão: O lançamento que ocorrerá no dia 10
de março se configura como um lançamento nacional do documentário?
Petrônio: Exato. O filme será lançado simultaneamente
no Rio de Janeiro, Recife e em Cachoeira, na Bahia. A partir do dia 17/03 será
lançado em Maceió e Afogados da Ingazeira e dia 18 em Serra Talhada, no Centro
Dramático Pajeú. Ainda em março o filme também estreará em Curitiba e em São
Paulo. Estamos com promessas para outras cidades.
Âncora do Sertão: Quais as maiores dificuldades
encontradas durante todo o processo de elaboração e divulgação do filme?
Petrônio: Na fase de filmagem, nossa dificuldade foi
financeira. Os sócios: eu, Tiago Scorza e Marcos Carvalho, investimos mais de
30 mil reais para captação de imagens e sons suficientes para a montagem por
conta própria. O processo de finalização e distribuição já contou com
recursos estaduais de Pernambuco, via o edital do audiovisual do
Funcultura .
Âncora do Sertão: Você já tem planos para
próximos projetos? Quais?
Petrônio: O próximo longa será “O silêncio da Noite é
que tem sido testemunhas da minhas amarguras” sobre a poesia e seu significado
para os poetas que existem na fronteira de Pernambuco e Paraíba, entre as
regiões de Pajeú e Cariri. Todo rodado em São José do Egito (PE), Ouro Velho e
Prata (PB).
EXIBIÇÕES PELO BRASIL
“O Gigantesco Ímã” tem conquistado importantes prêmios pelo
Brasil, como por exemplo, o de Melhor Filme e Melhor Trilha Sonora pelo
Júri Oficial do 8° Festival de Cinema de Triunfo – PE, bem como, Melhor
Documentário da Mostra DOC Fam pelo Júri Oficial no 19° Florianópolis
Audiovisual Mercosul – FAM.
O filme em questão configura-se como um grande representante
da qualidade das produções Pernambucanas e como salientado pelo seu diretor,
está prestes a ser distribuído nacionalmente (pelaInquieta
distribuidora), sendo assim, não deixe de prestigiar as salas de cinema por
onde “O Gigantesco Ímã” irá passar. Ressaltamos, ainda, que em Serra Talhada as
sessões do documentário ocorrerão nos dias 18,19, 25, 26 de março no
Centro Dramático Pajeú, na rua Henrique de Melo, número 195 e que o valor do
ingresso individual é de R$ 5,00.
10 de março:
Afogados da Ingazeira (Cine São José)
Rio de Janeiro (Cine Joia Copacabana)
Rio de Janeiro (Cine Joia Jacarepaguá)
Bahía (Cine Theatro Cachoeirano)
Recife (Cinema São Luiz)
17 de março
Maceió (Cine Arte Pajuçara)
18 de março
Serra Talhada (Cineclube Pajeú)
31 de março
São Paulo (Caixa Belas Artes)
7 de abril
Curitiba (Cine Guarani)
Para mais informações acesse ogigantescoima.blogspot.com.br ou
pelo Facebook Gigantesco Ímã
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